
As novas cédulas de R$ 50 e R$ 100, que entraram em circulação em dezembro de 2010, possuem mais elementos anti-falsificação, mas isso não tem impedido os bandidos de imaginarem novos meios de emitirem notas falsas. Dados do Banco Central demonstram que mais de 70% das notas apreendidas são desses valores e que até julho desse ano já foram identificadas mais de 10 mil notas falsas do novo modelo.
Para o presidente do Sindicato dos Funcionários do Banco Central, Sérgio Belsito, a falsificação dessas novas cédulas se deve principalmente pela falta de conhecimento da população. “Não é nem por questão de segurança. Ainda são poucas as notas em circulação e por isso muita gente não sabe como identificar”, afirma.
Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Ageu Ribeiro, apesar dos bancos da região não terem um registro sobre esse tipo de caso, sabe-se que a região tem tido pouca reclamação referente a casos de notas falsas. “A primeira instrução é tentar se precaver na manipulação das notas. Se acontecer de pegar alguma, a pessoa deve ir o quanto antes à agência onde tem conta e trocar”, afirma Ageu.
As novas cédulas possuem um inovador efeito de alternância de cores e formas e, além disso, podem ser identificadas pela marca d’água e pelo número escondido, que aparece quando a nota é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos.
Notas manchadas
Após uma onda de ataques a caixas eletrônicos, os bancos decidiram usar como medida de proteção manchar as notas para inibir a ação de criminosos. Paralelo a isso, surgiram casos de clientes que acabaram sacando essas notas manchadas.
Por determinação do Banco Central, as instituições bancárias são obrigadas a trocar imediatamente o dinheiro manchado. “Se o saque for feito dentro de uma agência bancária o ideal é que se troque imediatamente a nota. Se for em caixa eletrônico, a pessoa pode guardar o extrato e o mais breve possível trocar em uma agência”, explica o Sindicato dos Bancários do ABC. Em caso de notas manchadas não é obrigatório apresentar extrato, pois os bancos possuem os registros dos saques efetuados. (Colaborou Carolina Neves)